Com o Agronordeste por meio da Assistência Técnica e Gerencial – ATeG do SENAR/RN os produtores rurais do Rio Grande do Norte vem mudando a realidade após as orientações técnicas e gerenciais. Os produtores diminuíram custos, aumentam a produção e consequentemente tiveram aumento na renda.
Em Florânia, no Sítio Cajueiro, Manoel Damásio, atua na cajucultura, ele comentou que antes do Agronordeste, só vendia apenas a castanha e, após participar do Projeto de Fortalecimento da Cajucultura do SENAR/RN, em 2018, começou a receber orientação técnica e tudo melhorou com o ingresso na assistência técnica por meio do Agronordeste. “Saltei de R$ 1.995 para R$ 14.525 de vendas. Em 2020, chegou a vender 470 caixas de caju de mesa (um avanço para quem vendia apenas 1 caixa) e 555 kg de castanha”, destacou o produtor, que ainda informou que a atividade concretizou-se como principal fonte de renda da sua família.
Além do Manoel, a esposa e os filhos ajudam na colheita e na comercialização da castanha, do caju de mesa e do caju para polpa, que em breve também serão vendidos na banca própria dentro da feira do município. Com o aumento da lucratividade, em 1 hectare de terra, foi possível adquirir dois pulverizadores, ampliar a casa, investir em colmeias e iniciar a produção de mudas – já são em torno de 5 mil mudas plantadas.
Na cadeia produtiva Bovinocultura de Leite, os resultados são positivos. Marcelo Roque de Medeiros trocou a atividade na cidade de Parelhas pela vida no campo. Há 15 meses recebe assistência técnica do SENAR/RN por meio do Agronordeste. “Após atendimento do técnico do campo, os índices produtivos foram alterados para melhor. Com 14 vacas, a produção de leite chegou a 220 litros/dia, antes a produção era de 120 litros/dia. Além do aumento do volume produtivo a receita alcançou 40%”, falou Marcelo. Entre as propriedades atendidas pelo projeto, a propriedade do Marcelo é a primeira que iniciou o processo de certificação como livre da brucelose e da tuberculose. Além disso, o produtor rural faz acompanhamento do ciclo reprodutivo, produziu mais de 20 mil kg de silagem, realizou estudo do solo para plantação da palma e 85% do rebanho é fruto da técnica da inseminação artificial em bovino. Hoje, são 11 matrizes e 5 secas.
Também na região Seridó, em Carnaúba dos Dantas, o produtor José Filho de Oliveira, antes do Agronordeste, contava com a produção de 40 a 50 litros de leite/dia. “Hoje, são 105 litros de leite/dia. Após a orientação do técnico de campo, tenho duas ordenhas por dia”, disse. Além de inseminação, ele fez silagem e implantou uma nova variedade de capim para compor a alimentação do rebanho. José conta com a ajuda do filho e da esposa – que é a responsável pela produção do queijo de coalho – são 43.000 kg de queijo produzido por semana. Com 14 vacas total, sendo 9 em lactação a produção aumentou em média 50% e o lucro mensal subiu para R$ 500,00.
O Rio Grande do Norte se destaca com o alto número de produção de caju, este a principal fonte de renda do produtor rural João Rodrigues de Freitas, que atua com a família na produção e comercialização do caju na Vila Rio de Janeiro, Serra do Mel/RN. O foco do produtor é a venda da castanha e do caju de mesa. “Sem a presença de um técnico de campo nenhuma anotação era realizada, não se sabia os custos, nem o lucro. Somente após o ingresso no Agronordeste, a soube das despesas e receitas.
Com referência após anotações e orientação técnica, foi possível certificar que somente em 2020, 32 mil kg de castanhas foram vendidas, ultrapassando a meta que estipulamos no início do atendimento, que era 30 mil”, falou. Outro benefício foi a venda do caju de mesa que teve o pontapé com ajuda do técnico de campo Orlando Eduardo, que ampliou a visão do produtor. O seu filho, Jailson, que atua na gestão da propriedade participou de cursos do SENAR/RN como o Negócio Certo Rural, o que possibilitou o melhor gerenciamento da propriedade. Com o aumento de mais de 12 mil kg comparado a 2019, e com lucratividade superior a R$ 75.000,00 foi possível inovar com a aquisição de implementos agrícolas: pulverizador, grades e motopoda, além disso, o sonho antigo da família foi realizado: a reforma da casa.
Outro produtor rural que enfatizou a importância da Assistência Técnica foi José Helder Soares, em Assu, lá são 3 hectares, e com 13 animais sendo 9 em lactação, o produtor retira 200 litros de leite/dia. “O nosso trabalho conjunto com a técnica de campo do Agronordeste tem como objetivo o aumento da produtividade e o melhoramento genético do rebanho. Antes de ingressar no projeto de assistência técnica e gerencial, contava com 80 litros de leite/dia. Com o aumento de 40% na produção”, destacou. O produtor faz alusão ao manejo e nutrição que foi trabalhado intensivamente para o resultado. Além da formulação da ração, o produtor adquiriu neste período do projeto ordenha mecânica e uma picotadeira, o que melhorou o trabalho. O lucro aumentou 45% após o ingresso no AgroNordeste.