O Projeto Forrageiras para o Semiárido Pecuária Sustentável (Fase 2) promoveu, nesta quinta-feira (11), o I Dia de Campo na Unidade de Referência Tecnológica (URT), que fica na Fazenda Barra da Cruz, Angicos/RN. O Projeto é de iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – por meio do Instituto CNA – e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e tem o objetivo de avaliar o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para recomendação de novas opções de fonte de alimento para os rebanhos.
 
 Na oportunidade, a consultora do Instituto CNA, Alenilda Novais; o supervisor Caio Galtieri e o técnico do projeto Alexandre Wanderley apresentaram ao público o trabalho desenvolvido na URT abordando os seguintes temas: Ensilagem da cultura do milheto; e apresentação da URT com visitação às áreas cultivadas com a palma orelha de elefante mexicana, capim Buffel, capim Massai, capim Aruana e capim Corrente.
 
No Rio Grande do Norte o projeto chegou a fase 2, na primeira a URT foi instalada, em 2017, no município de Lajes apresentou resultados significativos, como destaca a consultora de campo do Instituto CNA, Alenilda Novais “A fase 1 nós testamos 30 variedades de forrageiras incluindo palma, leguminosas e os capins, diante dos resultados obtidos selecionamos quatro capins e estamos testando pelo nordeste todo no regime de sequeiro. Agora, precisamos de tecnologia que possa ser explorada no semiárido, por isso, validamos no Nordeste para ver o que pode ser usado aqui, qual o capim que melhor suporta a seca. Vamos avaliar também o ganho de peso dos animais durante o período de 180 dias no pastejo constante”. 
 
“Estamos na fase 2 deste projeto,trouxemos as variedades que melhor se adaptaram às nossas condições de sequeiro e implantamos na URT de Angicos, onde vamos ter um diferencial que é a introdução dos animais para o arraçoamento para as espécies de forrageiras. No Dia de Campo, apresentamos um pouco dos dados colhidos do projeto”, disse Caio Galtieri. 
 
 
Uma das participantes do Dia de Campo foi a estudante de pós-graduação, Marislayne Gusmão, que esteve no evento com o objetivo de conhecer as espécies que estão sendo experimentadas na URT.  “O Dia de Campo foi muito produtivo, pude conhecer quatro cultivares de plantas forrageiras, palma, milheto e muitas alternativas forrageiras para nosso semiárido desenvolver. Recomendo aos produtores que possam participar de outros eventos na URT para conhecer as variedades que estão em estudo’. 
 
O superintendente do SENAR/RN, Luiz Henrique, falou da satisfação dos resultados da fase 2 e destacou a importância da pesquisa para as propriedades rurais “O projeto começou em Lajes e, agora na segunda fase, tem o objetivo de levar essa pesquisa/tecnologia para o produtor rural, também para os técnicos de campo do SENAR, para que estes levem aos produtores que recebem assistência técnica vejam na prática os resultados para que possa implantar nas suas propriedades”, enfatizou. 
 
Além dos produtores rurais da região, também participaram do Dia de Campo o superintendente do SENAR/RN, Luiz Henrique Paiva; Izaura Sales, gerente de Assistência Técnica do Senar/RN; o prefeito do município de Angicos, Pinheiro Neto; Idalécio, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes; Rogério Medeiros, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Florânia; técnicos de campo da ATeG; estudantes e representantes da Emater e do Banco do Nordeste.