O presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira, comentou sobre a estimativa de exportação da safra 2024/2025. Segundo estimativas do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex), espera-se um crescimento de 8% na exportação de melão e melancia no período, o que representa um incremento de 24 mil toneladas no envio dessas frutas ao mercado externo.

“A expectativa de exportação da nossa safra 2024-2025 é extremamente positiva, primeiro porque nós tivemos um excelente inverno, o que nos traz a segurança hídrica para a produção; em segundo lugar, o mercado europeu ainda está com custo de produção muito alto, problemas de mão de obra, problemas climáticos e isso também nos ajuda, além do câmbio”, afirmou Vieira.

Na safra 2023/2024, o Rio Grande do Norte exportou mais de 87 mil toneladas dessas duas frutas, principalmente para Espanha, Países Baixos (Holanda) e Reino Unido.

As exportações de melão, melancia, mamão e manga cresceram 6,13% nos cinco primeiros meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, de modo que o volume enviado ao mercado externo aumentou de pouco mais de 91,6 mil toneladas para 97,2 mil toneladas, segundo dados do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern). O valor exportado também teve um aumento de 2,43%, atingindo quase US$ 70,4 milhões, comparado aos US$ 68,7 milhões no mesmo período de 2023.

“Nossa expectativa é muito positiva e, se Deus quiser, nós vamos ter um excelente número para exportação de frutas do RN, não apenas de melão e melancia, mas também de outras frutas, como manga, mamão; essa é a nossa expectativa”, acrescenta o presidente do Sistema Faern/Senar.

QUALIFICAÇÃO

José Vieira também destacou os esforços do Sistema Faern/Senar, que inclui a Faern e o Serviço Nacional  de Aprendizagem Rural do RN (Senar), na qualificação dos produtores e trabalhadores rurais de todo o Estado. Ele comentou sobre como esse trabalho influencia na produção dessas culturas.

“O Senar tem aumentado muito a demanda dos cursos de qualificação, treinamentos dos nossos produtores, das empresas agrícolas e isso é um forte indício de que nós teremos uma excelente safra a partir dos próximos meses, porque estamos qualificando cada vez mais, treinando os nossos produtores e os nossos trabalhadores das empresas agrícolas”, conclui o presidente.